"Desde sempre" - do momento em que fui mãe - tenho a sensação constante de aprendizado, de viver o novo e de colher os bons frutos disso. E também a sensação constante de todo o frio no estômago que ele traz consigo, os medos e desafios.
Eu sou mãe de filho único, moro longe de todo mundo. Portanto, não tenho experiências anteriores e nem de pessoas próximas. Aprendi na marra a me virar como podia e como meus instintos me encaminhavam. Pequeno nasceu e no mesmo instante nasci também. Uma nova versão de mim. Para iniciar o que talvez seja a maior aventura e desafio da minha vida.
Com ele bebê aprendi tanta coisa, sobretudo o quanto somos responsáveis por alguém. Aprendi a cuidá-lo, a reconhecer seus choros e incentivar seus sorrisos. Os primeiros sons, as primeiras gargalhadas, as primeiras artes e os primeiros limites. Lembro até hoje de quando dizia "não mexe aí, neném!" e ele fazia não com um dedinho de uma mão e com a outra mexia do mesmo jeito. Ou quando um pouco mais maiorzinho eu dizia "Ai, ai, ai!" num tom mais forte quando ele estava prestes a fazer algo que não deveria, se assustava e fazia "beicinho". O beicinho mais lindo que já vi em toda a minha vida!
Logo cresceu, aprendeu os primeiros passos, as primeiras palavras. Bem sacaninha, de vez em quando me chamava de "Tatchiiii" porque ouvia o pai dele me chamando assim. E eu dizia bem braba: "Não sou Tati! Sou mamãe!". Ele sorria e com carinha safada dizia: "Tatchiiii". A carinha safada mais linda desse mundo!
Cresceu mais um pouco, foi pra escola, fez amigos. Aprendeu a escrever, a ler, fez rabiscos com mais sentido. Caiu o primeiro dente, o segundo, o terceiro ... o primeiro tombo sério, o segundo ... o vigésimo quarto.
E em todos esses momentos eu estava ali aprendendo e me reinventando. Me esforçando para fazer ao máximo o que eu achava que poderia. E eu juro que em muitos desses momentos tive a sensação de que poderia ter feito mais ... ou feito melhor. E não se trata de uma cobrança ou de um arrependimento. Era apenas a sensação de que o melhor de mim ainda não havia alcançado seu ápice.
E aí, meus queridos, chegamos na fase da pré adolescência. Cá estou eu, novamente, tendo que me reinventar, aprender e melhorar. Tipo Ave Fênix na versão maternidade: renascendo ... não sei se das cinzas, mas renascendo.
Agora eu tenho um menininho por casa, com os hormônios à mil, borbulhando dentro de si. Um menino que de vez em quando anda mal humorado, com pavio curto (aiiii de quem falar "igual a mãe"!), por vezes respondão e sem paciência. O respondão e sem paciência mais lindo desse mundo!
Tá bem chatinha essa fase de transformação e, pela primeira vez, tenho tudo muito claro na minha cabeça (talvez porque tenha sido uma pré E adolescente chata?). Eu sei que nessa fase ele vai achar que os chatos somos nós (eu e seu pai), que sabe mais que a gente. Vai ter pouca paciência conosco e iremos nos desentender muitas vezes. Eu sei que pra ele será difícil, que é seu corpo e sua cabeça se transformando de uma maneira incrível. E eu sei que a palavra-chave para tudo isso é: PACIÊNCIA.
Logo eu ...
Pois é. Estou aqui, renascendo, me reinventando e aprendendo a ser uma pessoa melhor. Afinal, nunca fui mãe de adolescente. Apesar de não ser tudo novidade me sinto meio perdida. Na verdade, nem sei descrever direito a sensação que tenho. É como se soubesse como fazer, como reagir, como atuar, tudo perfeitamente esquematizado. Mas aí vem um imprevisto e todo o planejado vai por água abaixo. Se recomeça tudo de novo, se aprende com os erros e vai seguindo em frente.
Como é que se chama isso mesmo? Ah, lembrei. É VIDA.
Ele puxou à dinda, vai ser sussa essa adolescência! HAUAHAUAHAUAHAUAHAAUAHAUAHAU... independente de qualquer coisa que aconteça, saiba que eu tô aqui para quando precisar desabafar sobre esses novos aprendizados! Mas tenho certeza que tu vai tirar de letra, como fez até agora!
ResponderExcluirAmo vocês e tô com saudades!
Venham logo!
"Ele puxou à dinda" ... agora fiquei mais tranquila :) kkkkkk Eu tenho a sensação de que "logo vai passar", na teoria está tudo perfeito mas na prática ... ah! Eu sei que posso contar contigo afinal desempenhas muito bem o teu papel como segunda mãe do meu filho :)
ResponderExcluirQue esses meses passem voando para logo estarmos juntas <3
Bjokas!
Te Quiero Muxo, Muxaxa!
Nas dúvidas, segue o teu coração. Esse "instinto" materno é uma obra de Deus.
ResponderExcluirBoa sorte! Bjs. Amo vocês.
Tio Beto_60