Por quê os homens são tão complicados?

Ontem a tarde, logo depois do almoço, Pequeno pegou o telefone e começou a apertar todos os botões possíveis.

-"Que tu tá fazendo?"

Ele fez ouvidos surdos e seguiu apertando todos os números ao mesmo tempo.

-"Ei, menino, que tu tá fazendo?"

-"Eu vou falar com a minha vó" ... só faltou o "ué!" no final da frase.

Peguei o telefone, expliquei que não era assim que funcionava, que tinha um número exato pra poder falar com a vovó. Enquanto fazia a ligação, deixei ele apertar um numerozinho, pra ter o "gostinho de ligar"  e ... pronto! Falou com a vovó (pra felicidade dela que ficou toda boba quando soube que, de livre e espontânea vontade, Pequeno queria falar com ela), falou com o vovô e, no finalzinho, no seu melhor "carioquês", disse:

- "Beijo, vovô! Te cuida! Fica com Deuxxxx!". [de onde ele tirou este sotaque eu não sei ... pois, pra quem não sabe, sou gaúcha-de-porto-alegre-tchê!]

Após gastar alguma que outra energia bagunçando no local preferido dele (a minha sala - Grrrrrr), vejo (escuto) que ele estava fazendo uma pequena revolução: com muita fatiga, consegue tirar o assento do meu sofá, atira no chão, arrasta coisa pra lá, arrasta coisa pra cá, enche o assento de livros em cima. Pensei: "tudo bem, deixa ele brincar tranquilo".

Algum tempo depois, retorno na sala e vejo essa cena:

Não acreditei que, no segundo dia consecutivo, a criatura tivesse dormido outra vez de forma "estranha". Peguei ele, levei pro meu quarto, pra minha cama. Quem disse que ele quis ficar lá? Pra quê uma camona confortável, com persiana baixa, luzinha boa pra dormir? O local mais cômodo pra ele era dormir no chão da sala mesmo, com meio corpitxo no chão e meio corpitxo no assento do sofá.

Agora me digam ... quem entende?