Alguns dias sem internet e ... Cá estamos, novamente. Sobrevivemos sem o mundo virtual.
Estamos na Itália, na casa da Nonna, para felicidade geral da nação da minha casa.
Depois de algum tempo, conseguimos um vôo direto Rio-Roma. Parecia até um sonho: não precisaríamos ficar perambulando pelos aeroportos do mundo. Convenhamos que, com a idade, percebemos que as cadeiras dos aeroportos não são mais tão confortáveis quanto pareciam outrora.
Vôo cheio, metade do avião repleta de médicos italianos que afinavam discursos vários, a todo momento, com a ênfase, tom e gestos que somente os italianos possuem. Discutiam sobre cirurgia cardíaca com o mesmo entusiasmo que discutiam sobre o último jogo de futebol. E o marido doido para puxar papo e conseguir uma pequena consulta aérea sobre o prolapso do coração dele (cara de pau tipicamente italiana também).
Logo que decolamos (e foi o máximo a decolagem: pudemos acompanhar tudinho através de uma câmera instalada fora do avião. Quem avisa amigo e': não escolha essa opção, ou você corre o risco de enjoar o resto da viagem inteira), passaram oferecendo bebidinhas. Pedi um vinhozinho com a esperança de relaxar. Só que o vinho estava mais para sagu do que para relaxamento ...
Pequeno se esbaldando em filmes e jogos infantis no monitor bem em frente ao assento.
Tirei uma sonequinha rápida (ao menos me pareceu rápida) e logo serviram o jantar. Ainda brinquei com o marido: "Frango ou pasta, senhor?". Mas era carne ou lasanha.
Nenhum filme me chamou a atenção. Acabei assistindo a um filme italiano que, no final, acabou me agradando.
Marido dormiu um pouco. Pequeno dormiu bem pouco. Eu? Dormi quase nada. Ou seja: as quase 11 horas de viagem duraram muito, muito mesmo. Para os 3.
Nosso vôo acabou antecipando e chegamos meia hora mais cedo. Para felicidade e histeria do Pequeno (estava super ansioso: ainda sobrevoávamos o oceano e ele batendo palmas por estar "perto da Itália"!).
Sem problemas com as malas (as cachacinhas para os cunhados chegaram sãs e salvas), logo já estávamos fora, encontrando com os irmãos do marido que foram nos recepcionar.
Ainda sinto uma sensação estranha em voltar, descobrir coisas novas, mas também perceber que pouca coisa mudou: seja no próprio aeroporto, na estrada, na paisagem, no trajeto que tantas vezes fizemos entre Roma e a casa da sogra.
Fazia frio, muito frio. Bom, para os "nativos", não muito. Mas para nós que acabávamos de chegar do Rio, praticamente um Polo Norte.
A sogra não estava em casa. Tinha ido na missa. Pequeno esperou com ansiedade a chegada da Nonna. Mas logo pode dar um grito de alegria e um abraço bem forte.
Fiquei feliz em encontrar minha sogra bem. Ativa, elétrica, cheia de disposição. Um ano e meio sem vê-la foi bastante tempo. Os sobrinhos cresceram, demais. Uma dorzinha no peito por todo este tempo que passou e não estivemos com eles, mas uma alegria em ver que os maiores já são adolescentes e os pequenos um pouco maiorzinhos, com novas travessuras.
Pequeno está feliz. Dorme com a Nonna todos os dias e não quer saber de sair de casa. Tem reclamado para tomar banho (por causa do frio). O carioquinha fajuto anda sofrendo com a temperatura.
Marido, depois de algum tempo, celebrou um aniversário com sua família. O coração durão dele tenta disfarçar, mas sei que para ele foi importante.
Estamos aqui agora ... Marido assistindo a programação da tv italiana, estrategicamente sentado ao lado da lareira; Pequeno dormindo o sono dos justos, juntinho com a Nonna; e eu ... Enrolada na coberta, aquecendo meu pé com meia de lã e quase nem conseguindo digitar, com os dedos duros de tanto frio. Com o coração cheio de saudade da família do lado de la' ... Mas feliz e com o coração bem aquecido, matando todas as saudades do lado de cá.
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Buen Camino, Peregrino!
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Não imaginava que isso pudesse acontecer com Pequeno. Não agora. Não nesta idade. Não me considero uma mãe superprotetora ou alienada, ...
Olá queridos!
ResponderExcluirJá estamos com saudades SIM, mas sabemos como é importante esses momentos.
Aproveitem, curtam, se divirtam, pois estaremos aqui, esperando por voçês, certamente com o mesmo carinho que foram recebidos aqui.
Beijo no coração de todos(as).
Renato Fraga
OIM
OMB
*** aí.
ResponderExcluirÉ muito bom matar saudades!
ResponderExcluirÉ o tempo passa rapidão...
Aproveitem as "férias", o frio, os amigos, a família...