Minhas Crianças.

Eu costumo dizer que, às vezes (aliás, com uma certa frequência até!), tenho duas crianças em casa.

Para felicidade do Pequeno, papai alguma que outra vez (já falei com uma certa frequência?), parece mais um irmão do que qualquer outro tipo de parentesco. Eles brincam de lutinhas, desenham juntos, lêem juntos. De vez em quando, papai implica com Pequeno, até tirá-lo do sério (como fazem os irmãos). Outras vezes, Pequeno pega no pé do pai e tira sarro da maneira "errada" (leia-se com sotaque) que o papai fala.

De vez em quando eles acabam com minha paciência. Os dois. Na mesma medida. E muitas vezes tenho vontade de botar "o mais velho" de castigo também. Outras vezes, meu coração explode de felicidade por ver a cumplicidade deles. E não, não tenho ciúmes. O que sinto é muito orgulho por meu amore ser  um pai sempre presente, cuidadoso, zeloso, amoroso, atencioso e, alguma que outra vez (sim, sim, sim. Vou repetir: com certa frequência!), tão serelepe quanto o filho.

Dia desses, Pequeno escreveu uma carta para o Papai Noel.

[PAUSA] Sim. Ele ainda acredita em Papai Noel. E, mais uma vez, como um irmão mais velho, papai está coçando a língua para contar logo de uma vez a mais dura realidade: Papai Noel não existe, nós é quem compramos os brinquedos. O "bom velhinho" não consegue visitar todas as crianças do mundo ao mesmo momento. Todas as cartinhas que tu escreveu não foram colocadas no correio. As escondemos e pronto. E todos os Papais Noéis que apareceram na tua vida até hoje eram pessoas caracterizadas (tios, primos e o próprio papai). Mas a mamãe acha que, pelo menos até este Natal,  dá para aguentar o segredo e incentivar a crença de uma criança - ainda - ingênua. [FIM DA PAUSA]

Não prestei muito atenção no momento da carta. Só lembro que em determinado momento ele veio me perguntar se queria pedir algo para o Papai Noel. Lembro de ter respondido que não queria nada.

Na sexta-feira Pequeno, assustado, encontrou a carta por casa e, quase em pânico, me lembrou que teria que colocá-la no correio rápido. Caso contrário, Papai Noel não teria tempo de providenciar seu presente.

Foi então que parei, sentei e dediquei alguns minutinhos para ler a cartinha da minha criança. Que, aliás, tinha uma surpresa reservada: era uma cartinha, mas de duas crianças pedintes:

a cartinha "dos meus meninos"

pedido do Pequeno
"Papai Noel! Esse ano eu vou querer uma camisa do Real Madri. Pode ser rosa, preta ou branca. Te amo! Beijos! Pode vir na madrugada de 25, de noite. Lá na Itália. Te vejo!"

pedido do pai do Pequeno
 "Papai Noel! Sou o pai do Nicola. Se puder, nos traga também um jogo de botão (subbuteo) que aqui no Brasil não tem. Obrigado! Te quero bem!" [sim, ele escreveu isso!]

desenho do Pequeno: Papai Noel em Capistrello deixando um presente para ele

os presentes: camisa do Real Madri e o subbuteo

Papai Noel terá uma grande surpresa, com duas declarações de amor na cartinha. São uns fofos!

E aproveitando que já estamos em clima de Natal e que daqui a pouco viajaremos para a casa da nonna, resolvi montar um pouquinho antes  da data prevista a nossa árvore de Natal. Teve alguém que ficou bem feliz :)



3 comentários:

  1. Então...
    Que baita oportunidade de voltarmos a ser crianças!
    Ou nos falta tempo, ou oportunidade, ou um pouco menos de vergonha.
    Digam a verdade: quem de nós ainda não AMA o Papai Noel, com tudo o que ele representa de ilusão, de esperança ... de infância?
    Parabéns, Nicolão! Bjão prá vocês. Fiquem com Deus!

    Tio Beto_55

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  2. Jura que ele ainda acredita em papai noel?? Raro.
    Até que os dois foram modestos nos pedidos, hein?? Se vc ver a lista das crianças aqui, é de assustar no consumismo.

    Bjs

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  3. Eu també quero uns presentes do Papai Noel lá da Itália, to precisando de uns perfumes e umas bolsas de grife que tem por lá. Será que ele me atende.

    Fabiana dos Santos

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