A primeira vez ... a gente nunca esquece.

    O final de semana foi se aproximando. Não tínhamos muitos planos e pouco a pouco as coisas foram se organizando numa agenda bem vazia que depois ficou cheia de pequenos compromissos.

    Sábado pela manhã viria o marceneiro aqui em casa. Finalmente! (leia essa última frase em tom de "Aleluia!"). Anos esperando para fazer um bendito de um armário no corredorzinho da escada. Pela experiência que estamos tendo com nossa casa, todo esse tipo de trabalho artesão, manual, tem muita demanda e uma escassez de profissionais. Ninguém mais quer fazer este tipo de trabalho. Por sorte achamos este através da indicação do nosso vizinho. Claro que tudo foi feito no tempo do marceneiro, não no nosso. A ariana imediatista aqui que se aguentasse ...

    Pois bem. O homem ligou (depois de vir duas vezes aqui em casa para pegar medidas) e marcou "lá pelas 8h/8:30h de sábado".

    Beleza! Nossa rotina dos sábados seria interrompida mas por um excelente motivo. Normalmente acordamos cedo aos sábados e vamos ao parque, logo tomamos café por lá mesmo ou alguma cafeteria aqui das redondezas. Depois disso a vida segue ... mas neste último sábado, apesar do dia lindo de sol, acordamos cedo pra ficar por casa mesmo.

    Tomamos nosso café. Ali já senti uma "coisinha estranha" acontecendo mas ... tinha as benditas folhas do patio para varrer. Tinha que ser tudo meio rápido, pois o "homem" (o Sr. Marceneiro) estava por chegar. Marido, dessa vez, ajudou com a limpeza do patio. Quer dizer, ajudou até o marceneiro chegar, depois fiquei solita.



    O que era pra ser um trabalho relativamente rápido demorou o dia inteiro. Mas nem reclamo, não! Habemus um armário! (Tom de "Aleluia!" de novo!)
    
    Nas trocentas subidas que fiz na escada para controlar o serviço, comecei a sentir, novamente, que algo não estava legal. Na verdade ali tive quase certeza.

    Pois bem. Marceneiro foi embora, tínhamos ainda que ir ao supermercado, porque Pequeno havia combinado com alguns amigos pra eles virem em casa. Óbvio que eu e marido fomos educadamente, sem pressão, convidados a sair de casa ... mas faz parte ... e a verdade é que faço questão, tanto de uma coisa quanto de outra: que Pequeno junte os amigos em casa e que a gente saia para curtir a vida :)

    No estacionamento do mercado tive a certeza, ao 100% desta vez, de que havia dado ruim.
    
    Quase não consegui descer do carro.  Um ataque no famoso nervo ciático.

    A primeira coisa que fiz, óbvio, foi fazer buscas no Google:

Quem rir da minha busca vai ter a mesma dor que eu tive ...

e o Google entendeu direitinho o que estava perguntando

    Se alguém que está nos lendo já sofreu com isso, vai compreender o que vou relatar a seguir. Basicamente tive uma dificuldade absurda para sair do carro e caminhar. Mas pouco a pouco com a "carcaça" esquentando, a dor prosseguiu porém caminhar não era mais uma tarefa impossível. Mancando, isso sim.

    Eu detesto supermercado! Imagina com uma dor absurda jamais sentida antes. Só que precisávamos comprar coisas para não matarmos 5 adolescentes de fome.

    Voltamos pra casa. Novamente dificuldade para ficar em pé ao sair do carro, caminhando mancando e me excomungando por ter comprado uma casa cheia de escadas. Nem ajudei o marido a descer as compras do carro. Fui direito para o chuveiro. O Google não me mandou fazer isso mas meu corpo pedia uma água quentinha. Na minha cabeça isso daria uma aliviada.

    Juro que minha vontade de sair pra rua, pra jantar fora e caminhar por aí era zero mas não poderia estragar os planos do Pequeno e dos amigos dele. Aonde já se viu?!

    O banho realmente aliviou e logo passei uma pomada anti-inflamatória também. Não queria tomar nenhuma medicação via oral porque apesar da dor pensava no vinho do jantar :) - prioridades, gente?!

    A dor continuou, reservamos mesa num restaurante um pouco mais tarde que o de costume (e a verdade isso só fez com que minha vontade de ficar por casa aumentasse ainda mais). Juro que inclusive pensei em ir ao hospital ... mas não queria estragar os planos do Pequeno e nem os nossos.

    Deixamos o carro num estacionamento bem próximo do restaurante. Cheguei por lá mancando mesmo ... afinal, quem nunca teve uma dor no ciático???

    Pizza e vinho a la vontê e eu só pensava no momento em que teria que levantar daquela mesa, com aquele restaurante lotado ... que vergonha!

    Marido foi ao banheiro e eu fui pagar a conta, numa velocidade típica de slow motion, fazendo um esforço tremendo pra parecer tudo ok mas por dentro só pensava:  "Jesuizinho!". 

    A ideia era dar uma volta pelo centro de Monza, pra fazer hora pra voltar pra casa. Mas acabamos indo pro carro mesmo. Além da dor, um friozinho chato.

    Nem aí pro preço da gasolina, dando volta de carro pra lá e pra cá.

    Voltamos pra casa com a galera ainda por lá. Coincidiu que a mãe de um deles já estava vindo buscar toda a galera (ufa! Pelo menos não estraguei os planos deles). Tomei - daí sim - um remédio pra dor e do resto nem me lembro. Não sei se dormi ou desmaiei ... mas caí num sono profundo.

    Ao acordar no dia seguinte ... cadê a dor?

    Parecia mentira mas a dor havia desaparecido. Ficou um incômodo, uma pressão, uma coisa estranha ... aqui na "lateral do gluteo esquerdo" mas a dor, felizmente, foi embora. 

    Agora passei a ter o meu remédio favorito (que, parece ser, combinado com vinho tem um efeito maravilhoso ...) - tom de brincadeira, né?!

    E assim foi a minha primeira vez ... a primeira experiência com o tal do nervo ciático ... a gente nunca esquece!

6 comentários:

  1. Sei exatamente o que falaste.
    Sinto isso a mais de 20 anos.
    Tratamento adequado, repouso e fisioterapia.
    Bem simples...kkkkkkk
    Renato Fraga
    OIM OMB

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    1. Juro que a cada dorzinha eu pensava: "Puxei ao tio Renato" kkkk ... essa genética, vou te contar 🤩

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  2. Hauahauahauahau… tá véiaaaaaaa!!! (Isso dito pela pessoa que mais sente as dores da idade) hauahauahauahaua… eu preciso concordar que o tal do vinho é um excelente remédio! 🤩
    Te cuida, xexelenta!!!!
    Amo tu!
    Beijos da dinda mais linda que o nosso bambino tem! 💖

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    1. Definitivamente não somos como vinho: a cada ano que passa a gente fica pior :)
      Saudades da dinda mais linda do meu filho 💖

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  3. Clássico problema de junta. Junta tudo e joga fora hahaha

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    1. "Junta tudo e taca fogo" kkkk nem dá pra fazer isso, pois estou cheia de álcool :P

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