Quando ele tava na minha barriga, ele descobriu que me amava.

    Mais um Dia das Mães. Um dia normal, como outro qualquer ... mas nem tanto.

    Tem aquela famosa frase que diz assim: "Nasce uma mãe, nasce uma culpa" ... eu adicionaria além de culpa:  perdão, clemência, dúvida, medo, coragem, força, debilidade,  ímpeto, tranquilidade, questionamento, certeza, renúncia, egoísmo, dedicação, apatia, desistência, persistência ... e eu poderia seguir nessa 'brincadeira' de antônimos e sinônimos uns quantos parágrafos mais.

    Mas a maternidade é tudo isso, essa dualidade, controvérsia. Uma doideira de sentimentos, emoções e sensações que vão mudando à cada fase de vida da nossa prole.

    Em Maio de 2018 escrevi aqui no blog o post que mais me deu trabalho. Além dele ser longo, deu trabalho porque nele escrevi sobre sentimentos (absolutamente todos) que havia vivido até então. Abri meu coração, despi a minha alma, de uma maneira que me fez até pensar se deixar o post no blog ou não. Vergonha, eu acho.

    De 2018 pra cá tantas novas emoções foram vividas, tantas experiências, provações ... e vez que outra me pegava voltando lá nele e lendo, relendo, me encontrando, me reencontrando,  me vendo. A vida é assim ... por vezes a gente até tenta escapar mas a nossa base, a nossa essência, as nossas crenças nos trazem de volta. Era quase como se fosse o meu "Manual de Sobrevivência Para Dias Difíceis Como Mãe". Sim, eu costumo ler manuais.

    Eu perdi as contas de quantas vezes reli esse post tão longo, quase todas as vezes provando uma sensação de nostalgia; outras, com a sensação de piedade mesmo:  "pobrezinha de mim, não sabia o que ainda estava por vir".

    Eu estou vivendo agora uma fase bem desafiadora mas ao mesmo tempo apaziguadora (de novo os contrastes de sentimentos ...).

    A adolescência é uma fase aonde a gente se machuca muito (nós pais, e eles filhos). E falo por experiência própria: você pode ter o filho (ou filha) mais amado, carinhoso, tranquilo, respeituoso ... em algum momento vocês entrarão em conflito, você receberá olhares cheios de ódio. Se você, como eu,  não tiver muita paciência, revidará com palavras que se arrependerá pelo resto da sua vida por tê-las pronunciado.

    Meu Pequeno cresceu. Já é um homem que daqui a pouco completará 18 anos de idade. Já não é mais o menininho que deu nome ao título desse post (e você entenderá isso somente vendo o vídeo abaixo). É um homem com um geniozinho muito parecido com o de sua mãe (socorro!), uma pessoa que faz escolhas, que tem suas convicções e certezas, um menino que meio perdido sem saber direito o que quer fazer da vida (tranquilo, Nicola! Eu até hoje também não sei direito ... keep calm my friend!), segue sendo um menino sensível, segue confiando na gente pra contar quase todas as suas histórias, segue sendo educado, respeituoso, gentil. Segue tendo um coração gigante, um olhar que brilha e um sorriso afetuoso.


de quando ele realmente era pequeno :) 

    E nessas linhas acima estou falando sobre ele mas também sobre nós ... também sobre mim.

    Passei alguma (boa) parte da minha maternidade me julgando e me culpando. Agora estou entrando na fase onde estou me absolvendo, colhendo frutos, me perdoando, me entendendo e me valorizando.

    Só o tempo - e Pequeno - dirão ali na frente a mãe que eu verdadeiramente fui.

    Eu só sei que eu fiz o que pude, doei o meu melhor, confiei na minha intuição.

    Se eu paro ainda hoje e leio aquele post lá de 2018 e revejo tudo o que vivemos desde então, bate uma saudade e uma felicidade por tudo o que eu vivi. Que coisa boa que foi e é ter vindo nesta vida para  ser mãe do meu Nicola.

    Durante algum tempo carreguei nas costas o peso dos meus ímpetos negativos, minha maneira brusca, ríspida, exigente e sem tato. Algumas vezes me peguei pensando que meu filho merecia uma "mãe melhor". Passei muito tempo vivendo de lembranças e arrependimentos.

    A adolescência do meu Pequeno, essa danada fase difícil, acabou sendo a fase da minha redenção: eu me perdoei, eu me encontrei (que estranho, logo nessa fase aonde a gente se desencontra deles), me reconheci, o reconheci mas sobretudo nos reconheci - ainda - na nossa essência, como família, como eu Tati e meus Nicola's.

    Releio meu post de antigamente, penso nas vivências do agora, reflito e chego a conclusão de que se pudesse voltar no tempo, acho, faria tudo igual novamente. Simplesmente porque antes e  agora , o que nunca nos faltou foi amor.

    Feliz Dia para todas as Mães! Inclusive às que abusam dos antônimos e sinônimos, assim como eu :)


P.S.: caso você queira ler o post de 2018 basta clicar aqui 

mas lê com tempo e com calma porque o bichinho é quase um livro :)

6 comentários:

  1. Essa fase dos videozinhos dele foi tãooo gostosa!!! Lindão da dinda!
    Eu não quero nem ver a tal da adolescência da Luísa! Zero ansiosa por esse momento. Hauahauahauahauahah… Mas, meu afilhado continua tendo o coração lindo que ele sempre teve e, o principal, uma mãezona que fez e faz de tudo por ele. Tenho certeza que ele sabe a sorte que ele tem!
    Feliz dia das mães, minha xexelenta! Te amo! ♥️

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    1. Na adolescência da Lulu ela terá a "dinda Véia" cheia de paciência para defendê-la ... igualzinho tu faz com teu afilhado 🤣 (aqui se faz, aqui se paga!)
      I LoveU too, Xexelenta!♥️

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  2. Ownnnnn que eu não canso de assistir esse vídeo! Aliás, hoje comecei meu dia me desidratando com os Stories dele! Nem vim até o blog, queria ligar para minha mãe e ela iria se assustar com minha cara inchada 🤣🤣
    É sempre bom ratificar que para mim, essa é a declaração genuína de amor, que eu gostaria de ter feito aos meus filhos! Eu que acompanho a linda trajetória do Nicolinha desde que ele estava na sua barriga, me sinto uma tia que o viu crescer! Tenho gravados em minha mente, tantos episódios apaixonantes e que demonstram quão especial ele é! Feliz dia das mães para a mãe mais incrível e inspiradora! Eu queria ter esse blog como um livro de cabeceira!! Tenho certeza que ele te ama e se julga o menino mais sortudo 😍😍😍😍😘
    Bacciones Bella Amica! Seja sempre muito feliz com os teus Nicolas! Sou tua fã!!
    Ass: Rose Mazza, vulgo, Mantequilla

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    1. Mas vc é, a tia Rose 😍
      Obrigada pelo carinho de sempre, Bella Amica!♥️

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  3. Deixei esse comentário, lá em 2018 rsrsr com 7 anos de atraso, então, talvez você não leia, por isso, replicou aqui:

    Confesso que senti uma dorzinha no coração por não ver um comentário meu nesse post tão incrível. Fiquei "puxando na memória" o que eu estava fazendo em 2018, que não registrei minha passagem por aqui! Afinal, eu conheço todas essas fotos, eu sei Decor tantas histórias do Pequeno, eu "vi" tanta coislinda que ele fez! Eu lembro dos vídeos para a Beta, para o Murilo, dele querendo abraçar um sem teto, dele se despedindo do coleguinha no RJ, dele rastejando brincado com Nicola pai e acabarem se dando uma cabeçada, dos olhinhos expressivos curiosos para o mundo, observando tudo! Do olhar dele para o Marcello , o artista de Florença , enquanto este fazia o seu retrato e me desmachava chorando imaginando o Nicola pai sonhando com o dia que o traria para fazer a dita foto gravura, da tristeza que senti quando o procuraram (Marcello) e não encontraram em algum tempo antes ... Enfim, eu me sinto a tua velha próxima ao Pequeno, não mais pequeno rsrsr que sabe tanto da sua vida, que aprendeu a amar e a se emocionar com ele, que quando finalmente, o encontrei fisicamente, em Milão 6 a você e Nicolas Pai, também, parecia que os conhecia de toda uma vida! Vai entender! E eu pude ver que não estava enganada! O Pequeno era mesmo um gentleman, um menino doce, educado, respeitoso e lindo! Deus abençoe sempre! Que ele realize todos os sonhos e que você seja sempre essa mãe que soube fazer através desse Blog, a declaração de amor que eu queria ter feito aos meus filhos!!
    Rose Mazza, vulgo Mantequilla comentando com 7 anos de atraso rsrs

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    1. Acho que em 2018 vc viu o post, era enorme, vc tinha algo por fazer, ia voltar depois e esqueceu :)
      Mas com tamanha memória de todos os nossos momentos guardada aí com vc, como posso me chatear de vc não ter comentado em 2018? Imagina ... vc mora em nossos corações! Baci, Bella!

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