Entre o último post e este, teve Páscoa, teve meu aniversário, teve uma semana inteirinha de provas escolares e teve viagem de feriadão.Vou ficar devendo as primeiras e vou me deter na última: nossa viagem para Sampa.
Faz pouco tempo que a Dinda do Pequeno está morando em Sampa. Ficamos muito felizes com a notícia porque apesar de não ser "tão perto" - tipo do ladinho, pega um taxi e vai - está bem mais perto do que o Sul. O fato de saber que numa oportunidade de feriado ou um final de semana prolongadinho podemos nos encontrar nos deixou bem felizes.
Numa dessas coincidências da vida, marido precisava ficar uma semaninha inteira em São Paulo trabalhando. Para ajudar, na segunda seria feriado. Pequeno poderia enforcar um dia de aula (as provas foram, coincidentemente, até quinta). Basicamente era o Universo conspirando para irmos visitar a Carol e o Renan.
Viagem decidida de última hora, óbvio que os preços das passagens aéreas estariam um absurdo. Pra mim não seria um problema viajar de ônibus, pelo menos em um dos trajetos. E para o Pequeno seria uma grande aventura. Assim decidimos: eu e Pequeno iríamos de ônibus (numa viagem com duração prevista de 6 horas) e voltaríamos de avião.
Mas sabe aquela história de "cuidado com o que você pede porque acaba se realizando?". Pois bem: queríamos aventura e tivemos aventura.
Nossa passagem de ônibus estava comprada para sexta-feira, dia 28. Eu queria viajar durante a noite, pra mim seria mais fácil: viajaria durante a noite, dormiria o que desse e chegaria em São Paulo pela manhã cedo. Mas o marido não deixou que nos aventurássemos tanto assim (essas manias chatas de que viajar durante a noite é bem mais perigoso) e Pequeno não queria perder o curso de programação que ele faz nas sextas pela manhã. Para agradar meus Nicola's, comprei nossa passagem para às 13hs.
Só que, caso você não lembre mais, sexta-feira foi dia de greve geral e só me dei conta disso dois dias antes da viagem. Fui bombardeada com notícias da internet prevendo "o caos" para o dia 28. Empresas de ônibus intermunicipais, dentre outros, não funcionariam. E o medo de não ir viajar? Ou o medo de viajar e encontrar um piquete pelo meio do caminho? Dessas barricadas onde o povo coloca fogo em tudo? E a chegada em Sampa? Convenhamos que uma greve geral organizada pela Cut pararia São Paulo. Confesso que não sou muito histérica com essas coisas, mas fiquei. Talvez porque fosse viajar sozinha com Pequeno, talvez porque seria um trajeto e um meio que usaríamos pela primeira vez, talvez porque com a passagem dos anos esteja ficando com minhas manias acentuadas. Vai saber ...
Na sexta-feira acordei cedo, bem cedo. 6 da manhã já estava com tudo organizado, até a casa limpa (logo eu, que adoro deixar uma baguncinha por casa). Liguei para a rodoviária e tive a notícia de que nenhum ônibus entrava e nenhum ônibus saía dali naquele momento. Putz grila! Por aqui os ônibus estavam funcionando, metrô também, basicamente vida normal, salvo alguns casos de falta de ônibus na região metropolitana do Rio. Mas vi pela tv que em São Paulo o bicho estava pegando. Talvez, mesmo com as coisas acalmando por aqui, possivelmente cancelariam nossa viagem pela incerteza de se chegaríamos por lá ou não.
Levei Pequeno voando para a aula de programação, voltei pra casa para ligar para a empresa de transportes. Após ficar mais de 15 minutos pendurada ao telefone ouvindo uma musiquinha chata de fundo e tendo que escutar à cada 30 segundos uma mensagem que pedia "paciência", a atendente me informou que minha viagem estava confirmada. Yes! Valeu Universo!
Agora a única preocupação era se ficaríamos presos pela estrada e/ou se conseguiríamos chegar em Sampa sem muito atraso. O importante é que ir, iríamos. Por via das dúvidas, levei um monte de coisa para comer e beber.
Saímos de casa dentro do horário previsto, pegamos um taxi e não muito longe de casa, ficamos presos num congestionamento (queria aventura, adrenalina? Pois toma!). Controlava no celular cada minuto que passava e nós presos no mesmo lugar. Pequeno batia papo basicamente sozinho: o taxista não era de muita conversa e eu já estava começando a suar frio, achando que não chegaríamos em tempo.
Entediada no meio do protesto (esqueci de dizer: o engarrafamento era por conta de um protesto), sem ter nada pra fazer, resolvi checar as coisas dentro da minha bolsa. Daí foi adrenalina pura, direto na veia: havia esquecido meu cartão do banco em casa.
Quando deixei Pequeno no curso o peguei para comprar algumas coisas de última hora e o deixei no bolso do casaco (essa mania de sair sem bolsa pra não ser assaltada ...). Mentalizei um super palavrão que também começa por P, mas dessa vez não era putz grila. Por um momento pensei em deixar tudo como estava. Tinha dinheiro para o taxi, mas talvez não o suficiente para toda a viagem (até porque não sabia como seria a viagem e o quanto demoraria). Pedi pro taxista que, quando desse, ele retornasse porque havia esquecido meu cartão em casa. Pequeno suplicou para não voltar, estávamos a muito tempo parados ali e perderíamos o ônibus. Mas, basicamente não tinha escolha. Aventura? Rá ... não quero nunca mais.
Resumindo: fizemos um caminho alternativo e conseguimos chegar na rodoviária com meia hora de antecedência. Pequeno ria do meu desespero e estava ansioso para a viagem.
Tirando o fato de que meu Pequeno companheiro de viagem é um tagarela e não calou a boca durante quase toda a viagem, foi tudo super tranquilo. Melhor até do que eu esperava. Não pegamos engarrafamento, nem manifestação nem nenhuma tranqueira que pudesse atrapalhar a nossa chegada. No meio do caminho, na cidade de Queluz, o motorista fez uma parada (obrigatória), Pequeno se divertiu com o local, com umas decorações meio americanizadas e até deu tempo de fazer um amigo no parquinho infantil do local.
Chegamos em Sampa um pouquinho depois do previsto. Pegamos um taxi (que demorou um pouquinho para chegar - devido à greve a demanda dos taxis estava intensa), mas logo nos reencontramos com nossa família paulista e com o marido.
Adoramos o nosso final de semana prolongado. Deu pra matar as saudades, passeamos, conversamos e bebemoramos muito.
Já havia ido algumas vezes a São Paulo, mas sempre muito rápido. Dessa vez pudemos aproveitar mais a cidade. E a verdade é que gostei muito. Pequeno? Já pediu para ir morar lá. Mas, na verdade, acho que com segundas intenções, já que na casa da Dinda tem o tão desejado Xbox (que ele passou praticamente todo o tempo jogando quando estávamos por casa).
Mas, como tudo que é bom dura pouco ... o tempo passou voando e logo já estávamos voltando pra casa, dessa vez de avião. Eu e meu Pequeno companheiro de viagem novamente. Marido veio um pouquinho antes.
A verdade é que Pequeno é um parceiro nota 10. Fala muito, isso sim, mas é carinhoso, paciente e quase não incomoda (quase, eu falei - afinal de contas, ele é uma criança, ora bolas!).
Engraçado foi escutá-lo planejar novas viagens, novos destinos ... imediatos e até mesmo para quando ele "seja um adulto". Disse até que "em algumas dessas viagens" vai me levar junto. Que bom que ele já sabe que viajar é preciso.
Faz pouco tempo que a Dinda do Pequeno está morando em Sampa. Ficamos muito felizes com a notícia porque apesar de não ser "tão perto" - tipo do ladinho, pega um taxi e vai - está bem mais perto do que o Sul. O fato de saber que numa oportunidade de feriado ou um final de semana prolongadinho podemos nos encontrar nos deixou bem felizes.
Numa dessas coincidências da vida, marido precisava ficar uma semaninha inteira em São Paulo trabalhando. Para ajudar, na segunda seria feriado. Pequeno poderia enforcar um dia de aula (as provas foram, coincidentemente, até quinta). Basicamente era o Universo conspirando para irmos visitar a Carol e o Renan.
Viagem decidida de última hora, óbvio que os preços das passagens aéreas estariam um absurdo. Pra mim não seria um problema viajar de ônibus, pelo menos em um dos trajetos. E para o Pequeno seria uma grande aventura. Assim decidimos: eu e Pequeno iríamos de ônibus (numa viagem com duração prevista de 6 horas) e voltaríamos de avião.
Mas sabe aquela história de "cuidado com o que você pede porque acaba se realizando?". Pois bem: queríamos aventura e tivemos aventura.
Nossa passagem de ônibus estava comprada para sexta-feira, dia 28. Eu queria viajar durante a noite, pra mim seria mais fácil: viajaria durante a noite, dormiria o que desse e chegaria em São Paulo pela manhã cedo. Mas o marido não deixou que nos aventurássemos tanto assim (essas manias chatas de que viajar durante a noite é bem mais perigoso) e Pequeno não queria perder o curso de programação que ele faz nas sextas pela manhã. Para agradar meus Nicola's, comprei nossa passagem para às 13hs.
Só que, caso você não lembre mais, sexta-feira foi dia de greve geral e só me dei conta disso dois dias antes da viagem. Fui bombardeada com notícias da internet prevendo "o caos" para o dia 28. Empresas de ônibus intermunicipais, dentre outros, não funcionariam. E o medo de não ir viajar? Ou o medo de viajar e encontrar um piquete pelo meio do caminho? Dessas barricadas onde o povo coloca fogo em tudo? E a chegada em Sampa? Convenhamos que uma greve geral organizada pela Cut pararia São Paulo. Confesso que não sou muito histérica com essas coisas, mas fiquei. Talvez porque fosse viajar sozinha com Pequeno, talvez porque seria um trajeto e um meio que usaríamos pela primeira vez, talvez porque com a passagem dos anos esteja ficando com minhas manias acentuadas. Vai saber ...
Na sexta-feira acordei cedo, bem cedo. 6 da manhã já estava com tudo organizado, até a casa limpa (logo eu, que adoro deixar uma baguncinha por casa). Liguei para a rodoviária e tive a notícia de que nenhum ônibus entrava e nenhum ônibus saía dali naquele momento. Putz grila! Por aqui os ônibus estavam funcionando, metrô também, basicamente vida normal, salvo alguns casos de falta de ônibus na região metropolitana do Rio. Mas vi pela tv que em São Paulo o bicho estava pegando. Talvez, mesmo com as coisas acalmando por aqui, possivelmente cancelariam nossa viagem pela incerteza de se chegaríamos por lá ou não.
Levei Pequeno voando para a aula de programação, voltei pra casa para ligar para a empresa de transportes. Após ficar mais de 15 minutos pendurada ao telefone ouvindo uma musiquinha chata de fundo e tendo que escutar à cada 30 segundos uma mensagem que pedia "paciência", a atendente me informou que minha viagem estava confirmada. Yes! Valeu Universo!
Agora a única preocupação era se ficaríamos presos pela estrada e/ou se conseguiríamos chegar em Sampa sem muito atraso. O importante é que ir, iríamos. Por via das dúvidas, levei um monte de coisa para comer e beber.
Saímos de casa dentro do horário previsto, pegamos um taxi e não muito longe de casa, ficamos presos num congestionamento (queria aventura, adrenalina? Pois toma!). Controlava no celular cada minuto que passava e nós presos no mesmo lugar. Pequeno batia papo basicamente sozinho: o taxista não era de muita conversa e eu já estava começando a suar frio, achando que não chegaríamos em tempo.
Entediada no meio do protesto (esqueci de dizer: o engarrafamento era por conta de um protesto), sem ter nada pra fazer, resolvi checar as coisas dentro da minha bolsa. Daí foi adrenalina pura, direto na veia: havia esquecido meu cartão do banco em casa.
Quando deixei Pequeno no curso o peguei para comprar algumas coisas de última hora e o deixei no bolso do casaco (essa mania de sair sem bolsa pra não ser assaltada ...). Mentalizei um super palavrão que também começa por P, mas dessa vez não era putz grila. Por um momento pensei em deixar tudo como estava. Tinha dinheiro para o taxi, mas talvez não o suficiente para toda a viagem (até porque não sabia como seria a viagem e o quanto demoraria). Pedi pro taxista que, quando desse, ele retornasse porque havia esquecido meu cartão em casa. Pequeno suplicou para não voltar, estávamos a muito tempo parados ali e perderíamos o ônibus. Mas, basicamente não tinha escolha. Aventura? Rá ... não quero nunca mais.
Resumindo: fizemos um caminho alternativo e conseguimos chegar na rodoviária com meia hora de antecedência. Pequeno ria do meu desespero e estava ansioso para a viagem.
Tirando o fato de que meu Pequeno companheiro de viagem é um tagarela e não calou a boca durante quase toda a viagem, foi tudo super tranquilo. Melhor até do que eu esperava. Não pegamos engarrafamento, nem manifestação nem nenhuma tranqueira que pudesse atrapalhar a nossa chegada. No meio do caminho, na cidade de Queluz, o motorista fez uma parada (obrigatória), Pequeno se divertiu com o local, com umas decorações meio americanizadas e até deu tempo de fazer um amigo no parquinho infantil do local.
Chegamos em Sampa um pouquinho depois do previsto. Pegamos um taxi (que demorou um pouquinho para chegar - devido à greve a demanda dos taxis estava intensa), mas logo nos reencontramos com nossa família paulista e com o marido.
Adoramos o nosso final de semana prolongado. Deu pra matar as saudades, passeamos, conversamos e bebemoramos muito.
Já havia ido algumas vezes a São Paulo, mas sempre muito rápido. Dessa vez pudemos aproveitar mais a cidade. E a verdade é que gostei muito. Pequeno? Já pediu para ir morar lá. Mas, na verdade, acho que com segundas intenções, já que na casa da Dinda tem o tão desejado Xbox (que ele passou praticamente todo o tempo jogando quando estávamos por casa).
Mas, como tudo que é bom dura pouco ... o tempo passou voando e logo já estávamos voltando pra casa, dessa vez de avião. Eu e meu Pequeno companheiro de viagem novamente. Marido veio um pouquinho antes.
A verdade é que Pequeno é um parceiro nota 10. Fala muito, isso sim, mas é carinhoso, paciente e quase não incomoda (quase, eu falei - afinal de contas, ele é uma criança, ora bolas!).
Que belos. Como é bom ver vocês felizes.
ResponderExcluirRenato Fraga
OIM -OMB