Pequenices ... de maio.

- "Nossa, mãe!", gritou ele no meio da rua, enquanto caminhávamos em direção à escola.

- "Que foi, menino?", indaguei assustada.

- "Mãe! Olha a tua mão!"

Olhei minha mão e não tinha nada.

- "O que que tem minha mão?", perguntei meio confusa com aquele espanto todo dele.

- "Mãe! Tua mão tá ficando velha, olha! Tá cheia de ruguinha."

Filho da mãe! Desde aquele dia tenho usado creme de mãos diariamente.

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Fomos levar o lixo para reciclagem. No nosso condomínio vidro, metal, plástico e papel tem seus respectivos locais para reciclagem. Fica na parte debaixo do prédio, num cantinho quase escondido. Cada morador separa o seu e, depois, leva lá.

Pequeno, que estava me ajudando, desceu correndo na frente.

De repente, cruzamos com um rato. Mas um senhor rato, que quase parecia um gato, de tão grande. Acelerei para levar o lixo, morrendo de nojo (detesto ratos).

Pequeno parou  no meio do caminho e ficou olhando o rato correndo meio desesperado sem destino e, logo, disse:

- "Ow, mãe! Olha lá ... vamos pegar ele pra gente?"

- "Tá doido, menino! Anda de uma vez antes que esse bicho nojento volte."

- "Bicho nojento, nada ... é um hamster ... posso levar pra casa?".


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Pequeno tem por costume guardar seus dentes de leite que vão caindo. Ele tem todos os que já caíram até o momento guardados em uma pequena caixinha. Bom, todos menos um, que ele deu pra dinda que fez questão de levar um dentinho dele para fazer um berloque para uma pulseira. Sinceramente, não sou muito chegada nesses mimos, mas como ela fez questão, Pequeno adorou a ideia e deu o dente 'mais bonitinho' para a dinda. Já que a mãe é uma ogra, a dinda salva a barra sentimental-afetiva dele.

Pois bem. Nesta semana caiu mais um dente. Eu nem sabia que o dente do menino estava frouxo. Quando vi, apareceu ele pela sala com o dente em mãos, feliz da vida.

- "Aonde eu boto?", perguntou o Pequeno desdentado.

- "Na caixinha junto com os outros."

- "Não sei aonde tá." [ele é o responsável-guardião da caixinha]

- "Então deixa lá por cima da estante do teu quarto que depois a gente procura."

Na noite seguinte, aconteceu uma tragédia. Quase o fim do mundo.

Ao invés de me ouvir, Pequeno, por conta e risco, decidiu guardar o dente junto com o aparelho móvel que ele usa todas as noites. Ao invés de deixar o dentinho recém perdido na estante, como havia dito, ele achou melhor guardá-lo na caixinha do aparelho.

Quando foi tirar o aparelho da caixinha para colocá-lo antes de dormir, esqueceu que o dente estava ali e, muito velozmente, derrubou a água da caixinha dentro da pia do banheiro (o aparelho fica de molho para não secar) e viu, para seu desespero, o dentinho indo pelo ralo.

Grito, choro, desespero. Se dependesse dele teria chamado polícia, bombeiro e até o Samu.

Lágrimas para todos os lados. Como assim um dente seu indo pelo ralo?

Mal sabe ele que os meus ficaram todinhos lá no telhado da minha casa da Restinga. Atirava o mais alto que podia e gritava: "São João, São João! Leva esse dente podre e me dá outro são."

Não. Eu não contei essa história pra ele. Só me limitei a dizer: "Bem feito! Quem mandou inventar moda e não colocar o dente na estante?".

Um berloque a menos agora.

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Não basta cantar no chuveiro. Ele tem voz e fôlego para, também, fazer os arranjos musicais.
Aperte o play e se divirta :) 



2 comentários:

  1. kkkkkkkk... pelo menos, tem bom gosto musical! :)

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    1. :) Pois é. Mas o repertório é bem eclético. Rola funk, rock, música clássica, até novas versões para músicas.

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