Sábado de carnaval e Pequeno comenta que precisa de uma fantasia para uma festa do grupo de jovens da igreja que ele frequenta. A festa seria no domingo. Sim! Uma fantasia teria que surgir às pressas, em menos de 24 horas. Sendo que agora, infelizmente, não tenho mais o bendito Saara carioca. Saudade de pegar o metrô e chegar no paraíso das ideias chamado rua da Alfândega.
Ele deu uma olhada nas poucas opções disponíveis em casa mas nada que o convencesse. Como bom aborrescente estressado saiu batendo porta e dizendo:
- "Não vou mais!".
Eu respondi um 'não vai, então ...' mas o pai da criatura, homem de um coração gigante, bondoso e boboca, dormiu agoniado pensando na fantasia do filhote.
Domingo pela manhã o plano do pai bondoso foi acordarmos cedo, sairmos os três para tomarmos café fora e logo ir em algumas lojas procurando ideias de uma possível fantasia para o folião estressado que há 15 anos chamo de filho.
Pequeno havia acalmado os nervos, assim a colazione fluiu tranquilamente. Logo saímos a pé em direção a uma loja (dessas que tem tudo quanto é cacareco). Mas, acredite: não tinha fantasia. Resolvemos passar numa loja de brinquedos onde possivelmente encontraríamos fantasias ... mas estava fechada.
Isso já eram umas 11 horas da manhã. A festa aconteceria às 12hs.
Acabamos indo numa outra loja que, por acaso, fica perto da nossa casa e onde, por acaso também, Pequeno havia passado no dia anterior mas não havia pensado na fantasia (vontade de matar a criatura!).
Olha daqui, olha de lá ... fantasia de Homem Aranha? Não. Fantasia de Guerreiro? Hum ... talvez. Não! Melhor não. Fantasia disso, daquilo, daquele outro ... Não.
Acabou que Pequeno comprou uma máscara do Anonymous (que custou €2.50), resolveu colocar o terno do pai dele (acho que a verdadeira intenção desde o início, independentemente da fantasia, era colocar o terno do pai) e pronto.
Simbora para casa e o moço folião iniciou a preparação.
Marido precisou improvisar um furo no seu cinto para ajustar à cintura do Pequeno que 'pegou emprestado' o terno, a camisa, a gravata, o cinto e os sapatos do pai.
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pai do Anonymous cuidando os últimos detalhes |
Saímos para levá-lo até o local da festa. Pequeno se admirava com o look de terno e gravata. A verdade é que ele estava bem gatinho. Danado do tempo que voa e logo tenho um homem do meu lado que me chama de mãe.
Conseguimos chegar pontualmente no local. Esperamos um pouquinho (porque aqui o povo costuma atrasar). Pouco a pouco foram chegando pessoas. E nada dos amigos do Pequeno.
Anonymous, ansioso, resolveu entrar sem os amigos mesmo. Deu tchau, saiu todo sorridente.
Eu e marido resolvemos esperar um pouquinho antes de ir embora. Na verdade, estava um pouco desconfiada da situação. Era uma festa de carnaval mas todo mundo que chegava estava sem fantasia.
Só imaginava Pequeno lá dentro, de máscara do Anonymous ... e terno.
Esperamos alguns minutos e mandei uma mensagem no Whats:
Insisti para que, caso quisesse, poderia voltar em casa, botar uma roupa 'normal' e voltar pra festa. No início ele não quis. Mas conforme o povo foi chegando e ele seguia sendo o único fantasiado, resolveu dar uma passadinha em casa.
Quando eu e marido o vimos saindo em direção ao carro, caímos na gargalhada.
Pequeno resmungou um "que saudade dos carnavais do Rio", foi em casa rapidinho, colocou uma calça, um moletom preto ... mas seguiu com a máscara do Anonymous.
Marido ficou meio ressentido que quase havia perdido o sono por conta da fantasia do menino ... acordamos cedo no domingo, caminhamos uns 50 km (exagero, óbvio!) em busca da fantasia ideal ... para a festa ser "não necessariamente de fantasia".
No meio do estresse, Pequeno solta um:
- "Putz, pai! E tu ainda teve que furar teu cinto ..."
Caímos na gargalhada novamente.
E assim o Anonymous acabou sendo o mais conhecido da festa ...
E o marido além do sono e do cinto também perdeu o terno, que agora repousa no armário do Pequeno :)
Hauahauahauahauah… eu também sinto saudade do carnaval do Rio. Mas, cá entre nós , os jovens italianos são meio sem graça, né?! Uma oportunidade para se fantasiar desperdiçada! Vai entender… hauahauahauah…
ResponderExcluirEu faria o mesmo que o meu afilhado gutoso! ❤️
Infelizmente o carnaval não tem a mesma alegria, energia e colorido. Mas estamos programando para o ano que vem curtir o carnaval em alguma cidade daqui onde realmente tem festa de carnaval. Teu afilhado já tem a fantasia :) ... se o terno ainda servir kkkk
ExcluirJéssica: QUEM QUE PERDE OPORTUNIDADE DE SE FANTASIAR? Que Italianos sem graça!!!! Ele ficou ótimo, certeza que ganharia o concurso de melhor fantasia da festa kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirSei não, Jekinha ... afinal o "Anonymous" não passou despercebido :) kkkk
ExcluirAcho muito justo providenciarmos uma festa a fantasia na nossa próxima ida ao Brasil ... que tal?
Que povo mais sem graça!!! Coitado do Nicolinha que puxou a Dinda dele e adora uma festa, aniversário, se fantasiar e o povo daí é todo sem graça!!!
ResponderExcluirAí, aí, aí, esse italiano/espanhol/brasileiro tá crescendo rápido demais!!! Quando vierem já pode ir beber com as primas!! 🤭🤭🤭
Beijão família que eu amo!! 😘❤️
Ass. Laura (a sobrinha/irmã mais linda!)
Coitada da mãe do Nicolinha que tem um filho que puxou `a dinda dele :P ... kkkkkk ... não bastasse o geniozinho, o signo ... "takei-lhe pedra na cruz, Laurinha" ... kkkk
ExcluirAmo seus textos!!! Cadê o livro ????
ResponderExcluirEle ficou lindo!!!! E Sofia fugindo do carnaval, mas até que gosta de uma fantasia. 🎭😘
Pois eu não sei se ele gostaria do carnaval em si, daquela folia com muita gente, multidão, muvuca, sujeira ... mas ele gosta de se fantasiar ... Acho que ele lembra com nostalgia do carnaval do Rio pq o lado negativo do carnaval não ficou em sua memória. Bjinhos! :)
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