Luz, câmera, ação!

    Olha quem apareceu  na maior cara de pau depois de três meses? Euzinha que Vos escrevo.

    Tenho muita coisa para escrever e para contar mas hoje preciso compartilhar aqui no blog algo que aconteceu há algumas semanas.

    Uma das minhas maiores preocupações em morar numa casa era com respeito à segurança.

    Até os meus vinte e poucos anos morei em casa. Lembro que meu pai, atrás da mesinha de cabeceira, tinha um cassetete escondido. Por questão de segurança mesmo, caso fosse acordado de madrugada com alguma visita de um meliante.

    Quando compramos a casa até brinquei com o marido:

    - "Vou ver se minha mâe ainda tem esse cassetete e pego pra mim, boto na minha mesinha de cabeceira."

    Lembro que quando estávamos reformando a casa, numa conversa com o dono da empresa que contratamos (que é da cidade onde mudamos), perguntamos se havia algum problema de roubos nas casas. Ele disse que normalmente não. Algumas vezes, em determinados períodos, numa determinada zona da cidade (longe de onde moramos) havia algum que outro inconveniente com os larápios. Mas que não era algo comum.

    Numa conversa com uma das nossas vizinhas, também perguntamos se era seguro morar aqui. Ela mora há décadas na mesma casa e disse que nunca tinha acontecido nada.

    Pois bem. Introdução feita, vamos aos fatos.

    Há algumas semanas, estávamos dormindo e lá pelas 3 ou 4 da manhã, acordamos com um barulho muito forte de vidro quebrando. A primeira sensação que me deu foi a de que alguém havia atirado algo no vidro de uma das janelas e havia quebrado. Deu aquele frio na espinha. Mas quase que no mesmo instante, pensei que o ladrão não seria tão idiota a ponto de chegar fazendo uma algazarra do tipo. Pensei em fechar meu olho e seguir dormindo. Toda essa reflexão durou uns 3 segundos.

    Marido levantou rapidamente e saiu correndo. Simultaneamente Pequeno também saiu correndo do quarto e desceu as escadas fazendo um barulhão danado (parecia uma manada descendo pelas minhas escadas).

    Ainda na cama, pensei:

    - "Se os vizinhos não acordaram com barulho do vidro, com certeza acordaram agora!".

    Levantei correndo da cama também. Afinal, o ladrão já estaria alerta esperando pelos meus barulhentos e nada discretos Nicola's.

    Quando cheguei no andar de baixo, marido disse:

    - "Foi o vidro que fixei no banheiro que caiu. Não entrem aqui que tá cheio de caco de vidro."

    De repente me deparo com uma cena de filme bem na minha frente.

    Pequeno, que estava um pouco mais em frente, quase escondido no vão da porta do banheiro se gira e vejo que tem algo, tipo um cutelo (se não sabe o que é cutelo clica aqui) agarrado bem firme na mão.

    - "Que é isso, menino? De onde tu tirou esse troço? A gente nem tem isso em casa ..."

    Ele responde:

    - "Oh mãe! Essa foi a primeira coisa que eu vi na minha estante e peguei pra nos defender."

    A "arma letal" que meu filho tinha em mãos, nada mais era do que ...

    ... uma claquete decorativa que ele tem no quarto.

    - "Mãe! Toca aqui no meu coração. Olha como ele tá ..."

    O coração corajoso do meu filho valente (e criativo) estava saindo pela boca.

    Passado o susto, rimos muito e voltamos a dormir.

    A claquete voltou para seu devido lugar. Embora esteja pensando em colocá-la na cabeceira da minha cama, escondida e oculta. Pra quê um cassetete se posso ter um cutelo disfarçado de claquete?

Sim! Eu escrevo mensagens motivacionais na estante dele :)