Estava no centro de Monza, indo em direção ao centro estético que frequento para depilar minha sobrancelha e o famoso bigodón.
Caminhava por uma área bem movimentada (tanto de pedestres quanto de carros).
De repente, sinto um barulhinho de criança atrás de mim.
Ao chegar numa esquina, paro na faixa de pedestres para atravessar. Olho se vem algum carro, nada, nenhum. Mas, não sei por qual motivo, algo me bloqueou e não atravessei. Parei e olhei para trás.
Ali estava um toquinho de gente, de no máximo uns 5 anos, grudado em mim. Eu e ele (era um menino). Tento buscar quem estava com aquela criança, mas ali naquela rua, que de costume é bem movimentada, só estávamos os dois.
A criaturinha, então, dá a entender que vai atravessar a rua (assim no impulso, saltitante, sem olhar para o lado).
- "Ei! Não atravessa, não, espera!", disse pra ele.
O menino me olha e sorri.
Então, pergunto:
- "Com quem você está? Onde está sua mãe?"
Fico com raiva de mim ... por que a gente sempre pergunta pela "mãe" e nunca pelo "pai"?
Ele gira e aponta com o dedinho. Mais adiante, pra onde ele apontou com aquele dedo minúsculo, fica uma praça, conhecida por ter vários bares/restaurantes. Mas a praça estava longe e não conseguia ver ninguém.
Então, muito séria, olho pra ele e digo:
- "Você não vai atravessar sozinho, não. Volta lá e vai pra onde está sua mãe!"
O danadinho me olha, com rostinho sorridente e me diz:
- "Eu não estou sozinho. Estou com você!".
- "Você não está comigo não ... eu nem te conheço!"
Pronto! Batendo boca com uma mini criaturinha ...
Ele sorriu, balançando um pedaço de madeira que carregava.
- "Vai pra lá, vai! Volta lá pra perto da sua mãe! Eu preciso ir ... Vai! Eu vou ficar aqui te olhando, esperando você chegar lá."
Ele se girou, saiu saltitante, balançando o pedaço de madeira. Fiquei alguns segundos sendo vigia dos passos daquele menino danado, até que ele girou e foi em direção a um bar.
Saí rápido, pois estava quase perdendo o horário no centro estético.
Enquanto a menina me torturava com a cera no bigodón, fiquei pensando se deveria ter ido com o menino até o bar ... e dar um sermão na mãe da criatura. Aliás ... vai saber se ele estava mesmo com a mãe ou com uma outra pessoa .. vai que além de danado ele é mentiroso ...
Esse mundo tá tão doido! Quanta coisa estranha a gente vê acontecendo ... que bom que no meio do caminho ele cruzou comigo. E que bom que ele não atravessou a rua ...
Ele tinha razão: não estava sozinho, estava comigo ... pena que a gente nem se apresentou ...
Bella😲😲😲
ResponderExcluirRealmente, só acontecem contigo 🤣🤣🤣🤣
Ufa! Eu estaria até agora ansiosa, querendo saber se ele estaria seguro!
Se bem que na Europa, as crianças vão sozinhas para a escola sem a menor cerimônia. Nós, quer dizer, eu quem sou a medrosa de plantão heheh
Bacciobes!