Pequeno no Exército (ou quase isso).

     Nesta semana acompanhei ao Pequeno no Consulado do Brasil em Milão para fazer o alistamento militar do menino. Pois é ... Pequeno em 2025 completará 18 anos (ainda bem que o tempo passa somente para ele ...).

    Depois de alguns estresses burocráticos - e nem estou falando da famosa e bem conhecida burocracia italiana, estou falando da brasileira mesmo -  conseguimos fazer o agendamento online para, somente assim, conseguirmos colocar os pés no Consulado.

    O alistamento militar é obrigatório para todo brasileiro do sexo masculino. Os cidadãos brasileiros residentes no exterior devem apresentar-se em Repartição Consular brasileira para o alistamento militar no primeiro semestre do ano em que completarem 18 anos de idade, quando obterão o Certificado de Alistamento Militar (CAM). [fonte: gov.br]

    Logo após o alistamento já fizemos o requerimento para a dispensa do serviço militar. Deveria ser um procedimento imediato, já que a criatura está se alistando no exterior, mas não. Pequeno precisa esperar uns 8 meses até ter a dispensa definitiva. Mas o que importa é que já está quite com o exército brasileiro.

    Pequeno, dentro da sua (nada) maturidade de quase 18 anos, ficou cogitando ir para o Brasil prestar o serviço militar. Mas ele queria ir para Osório, ficar na casa da vó e prestar o serviço militar por lá. No mundinho particular de Pequeno a vida é assim bem fácil. Quando ficou sabendo que poderia ser mandado para qualquer quartel desistiu.

    Enquanto fazia o procedimento de alistamento, sacudia a perna (como ele sempre faz quando está nervoso e/ou ansioso).

    Saiu do Consulado feliz da vida porque agora ele "pertence ao exército do Brasil" ... santa ingenuidade ...

    Ficou perguntando quem da família havia prestado o serviço militar, que se ele tiver um filho, o filho vai precisar passar por isso também ... e que não sei o que ... e que não sei o quanto ... "deixa eu mandar mensagem contando pros meus amigos" ... pra ele que já nem gosta de papear e inventar história .. ganhou o dia.

    A fisionomia de felicidade só mudou quando ele mesmo refletiu:

    - "Isso significa que se o Brasil entrar em guerra e eles precisarem de contingente, eles podem me chamar?"

    - "Já pensou????"

    - "O Brasil é da paz, não vai entrar em guerra com ninguém", disse ele tentando mentalizar a ideia.

    Mas o mais importante de tudo foi  explicar que a partir de agora, aquele papelzinho que deram no Consulado era tão necessário quanto o passaporte ou carteira de identidade. Um documento que precisa guardar pra sempre já que será solicitado quando precisar renovar documentos brasileiros.

    Além disso expliquei que a partir de setembro deste ano, felizmente, graças ao Universo, não precisarei mais estar presente para autorizar nem assinar nada por ele.

    Não vejo a hora deste momento chegar e dizer: "Tudo contigo ... Te vira, Mané!".

    Parece que "foi ontem" que tínhamos um bebê tagarela, um pequenino esperando pela Befana ou um pequenino carioca. E agora temos um Pequeno alistado no exército.

    Olha a mãe durona agora toda nostálgica ...

    O tempo passa ... e nem é somente pra ele ...

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P.S.: um super obrigada para o tio Renato que  muito rapidamente nos enviou a certidão de nascimento do Pequeno (que por casualidades da vida chegou um dia após a minha partida do Brasil). No mesmo dia em que chegou, meu irmão enviou pelo correio e em uma semaninha já estava aqui conosco. Valeu, Mimosinho!