Achei que fosse impossìvel, mas existem 2 dona Duti!

Aconteceu de novo no onibus. Mas dessa vez nao foi nenhuma història engraçada, nem de briga, nem de nada.


Encontrei hoje no onibus uma senhora igualzinha a minha mae. Foi ve-la e no mesmo instante ver a imagem da minha mae, como se fosse ela que estive ali do meu ladinho.

Descemos no mesmo ponto de onibus, ali na esquina da via Nomentana. Dessa vez nao tive pressa ... a acompanhei lentamente, segui seus pequenos e lentos passos. Deu vontade de toca-la, de conversar, mas certamente ela iria achar muito estranho. Resolvi sò observar e nao parar de encontrar parecidos: o cabelo, o olhar, o nariz, as maos, a altura ... era tudo exatamente igual.

E essa semelhança dessa vez doeu ... trouxe consigo uma saudade imensa e, hoje, concordei com ela - minha mae: 4 meses ainda è muito tempo ...

Chegou o momento em que nos separamos, eu e a senhora. Ela seguiu o seu caminho, e eu o meu. Exatamente como aconteceu comigo: arrebentei um laço enorme, pra seguir o meu caminho, o meu destino.

Deu um aperto no peito, uma vontade de chorar ... me senti protegida com meu super òculos gigante que escondia aquele olho cheio de làgrima. E enquanto caminhava e tentava segurar a onda, pensei tambèm no bom daquele momento e daquele sentimento: o amor forte e incondicional, que resiste a tudo. Um amor que, desde que nasceu o Pequeno, consegui entender melhor.

E, o melhor de tudo, saber que dentro de 4 meses ela vai estar là no aeroporto Salgado Filho, ansiosa, me esperando, com aquele olhinho de pena, apertadinho e com o coraçao aliviado por estarmos ali.

Estou bem, estou feliz aqui. Mas depois de 8 anos fora, posso afirmar uma coisa: ainda nao me acostumei a viver com a maldita da saudade. Ohhhh danadinha!

Dùvida que nao quer calar ... serà que eu tambèm tenho um clone perdido por aì? ;-)
Ou melhor, segundo TODO MUNDO, sou muito parecida com minha mae ... entao ... aquela senhora era eu num futuro? ;-)