Nosso segundo dia de "bate pernas" por Roma foi no Vaticano.
Acordamos relativamente cedo, tomamos café no hotel, embora tivéssemos vontade de tomar café da manhã num dos muitos bares de Roma: cappuccino e cornetto, nada mais. Perto do hotel pegamos o ônibus que nos levaria até nosso destino. A gente lembrava mais ou menos do ônibus que pegar, mas como bons turistas, confirmamos o número do bus na banca de revistas.
Chegamos na Piazza San Pietro e encontramos uma fila longa, bem longa. Felizmente as colunas que rodeiam a praça, vez que outra, nos proporcionavam um pouquinho de sombra. Muito calor, sol forte e muita gente. Não dava nem pra reclamar, afinal, estávamos em local sagrado. Ficava feio.
Conseguimos entrar, finalmente. E, como bons turistas patetas, fizemos primeiro a visita dentro da Basílica e, logo, subimos na Cúpula. (deveríamos primeiro ter subido na Cúpula, uma vez que o trajeto acaba justamente dentro da Basílica. Ou seja, visitamos a Basílica duas vezes. Na verdade, três. Mas, vamos por partes).
Admiramos o local cada um com seu interesse. Eu, sinceramente, não me empolguei muito. Talvez pelo tempo de espera, talvez pela quantidade de gente, talvez pelo monte de gente sem noção que mais parece estar num parque da Disney do que numa igreja ... mas, enfim ... tentei me concentrar ao máximo e rezar tudo o que pude, ao contrário da maioria, que estava preocupado somente em encontrar o melhor ângulo para a selfie. Marido super concentrado, admirando todos os detalhes, super atento. Pequeno, num primeiro momento decepcionado (talvez pelos mesmos motivos que eu), mas logo encantado. Tanto que até foi se confessar. Acreditem: Pequeno se confessou no Vaticano. Achei que seria rápido. Fiquei esperando um pouco apartada, mas de olho no confessionário que meu Pequeno havia entrado. Vi quando se ajoelhou e, logo, as perninhas que não paravam de se mover (embora parecessem cômodas). Demorou pra caramba. Duas eram as possibilidades: ou tinha muito pecado pra contar (judiaria!) ou havia arrumado um padre simpático para bater papo. Depois ele nos contou que o padre era inglês e que haviam conversado em italiano.
Logo assistimos a uma missa dentro da Basílica. Momento especial. Percebi que havia esquecido todas as orações em italiano. Rezei em português mesmo. O que vale é a intenção.
Partimos para a Cúpula, a bendita. Já havia estado várias vezes no Vaticano, mas nunca havia subido até a Cúpula. Nova fila, logo pegamos o elevador e, posteriormente, pernas pra que te quero, subimos os trezentos e tantos degraus. Outra decepção: apesar da vista lá de cima ser linda, havia muita gente, não dava nem para andar direito.
Já havíamos saído da Basílica quando descobrimos que o túmulo do Papa João Paulo II havia mudado de lugar desde a nossa última visita e, agora, se encontrava dentro da Basílica. Assim que, pela terceira vez, adentramos na concorrida igreja.
O plano A era visitar, também, o Museu do Vaticano. Mas naquelas alturas já estávamos morrendo de fome e de cansaço. Fomos comer algo e decidimos partir para o plano B (a gente adora isso!): fomos visitar o antigo escritório onde o marido trabalhava. A visita ao museu ficou para a próxima. Cancelamos a caminhada e decidimos ir de ônibus mesmo. É estranho chegar lá, no lugar onde foi praticamente nossa segunda casa, agora como turistas.
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Piazza del Popolo |
Reencontro com amigos, conversa em dia, seguimos, dessa vez caminhando, pela Via del Corso. Paramos na loja do Pinocchio. Pequeno se encantou com o boneco de madeira. A relação dele com o boneco é mais ou menos a mesma que com o Papai Noel: ele sabe que não existe mas quando vê um fica encantado com os olhinhos brilhando.
Depois de ele torrar a paciência querendo comprar metade da loja (não compramos nada!), seguimos nosso trajeto. Passamos novamente pelo Pantheon e, ali perto, finalmente encontrei o meu tão esperado gelato di cassata siciliana que tanto desejava.
Dali, bem felizes, contentes e cansados, fomos para o hotel. Descansamos um pouco, o suficiente para as pernas recuperarem forças e saímos para Trastevere, lugar que também gostamos muito.
Fomos jantar no restaurante onde sempre vamos e, logo, passeio pelas ruelas de Trastevere até que chegamos às margens do Tevere. No verão, nas margens do rio, colocam restaurantes, lojas, entretenimento. Passeamos um pouquinho por ali e logo retornamos ao hotel. No dia seguinte tínhamos que acordar cedo para irmos até o aeroporto pegar o carro que alugamos.
Fizemos um trajeto mais longo para aproveitar um pouco a paisagem. A gente já está naquela fase de "estranhar" poder caminhar durante a noite numa cidade grande sem preocupação de perigo, assalto, etc. Assim que aproveitamos.
Apesar do estresse, do calor, da quantidade interminável de turistas, das pessoas estressadas e, por vezes, bem mal educadas, dizem, existe uma Roma para cada um. E a minha, apesar da relação amor X ódio é bella ... e bem especial.
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