Que pena que acabou.

A viagem de ida demorou muito, talvez por conta da nossa ansiedade por chegar logo. Era muita saudade, mais de um ano e meio sem pisar por lá. Parecia até mentira que estávamos chegando.




Definitivamente, quanto mais passam os anos, percebo que nasci para viajar em business class, pena que meu dinheiro não dá.

Viajamos durante o dia. O pior horário para fazer uma viagem longa (11 horas). Não dormimos nada. Cheguei cansada, exausta, com os pés inchados e uma dor tremenda nos joelhos. Mas, algum tempo depois, estávamos chegando em Capistrello.

Tudo praticamente seguia igual, só a nonna que resolveu aderir à moda dos cabelos brancos :) ... a deixamos loira e chegamos lá com a nonna grisalha.




Os sobrinhos também haviam crescido. Muito! A mesma impressão eles tiveram do Nicola.

Conseguimos aproveitar muito a família. Pequeno, sobretudo, curtiu os primos menores. Lá é verão, época de férias escolares. Ele praticamente foi para Roma obrigado por nós. Se fosse pela vontade dele, teria ficado com os primos. Reclamou que seriam "três dias a menos para curtir com Valeria e Alessandro".



As crianças brincaram muito, fizemos passeios legais com a família, curtimos muito a nonna e ficamos com nosso coração aliviado por vê-la bem, nos deliciamos com seus quitutes, até São Pedro colaborou e não choveu um diazinho sequer. Levamos alguns casacos na mala - lá, como é região de montanha, sempre faz friozinho à noite. Bom, "fazia", porque os casacos voltaram intactos. Calor de mais de 40 graus todos os dias.






Dessa vez, Pequeno pode aproveitar a melhor opção de lazer que a cidade oferece para as crianças: um parquinho com brinquedos, que eles chamam de Villa Comunale. Com o calor, todos foram para as ruas e as crianças se divertiram por lá todas as noites (porque de dia fazia muito calor) até tarde. Teve um dia que saímos da Villa por volta de uma da manhã. Pequeno achou o máximo. E eu fiquei feliz por ele, por poder ser criança como um dia eu fui e brincar até tarde na rua, sem perigo de violência, ladrão, etc. Voltávamos para casa felizes, apreciando o céu estrelado que só se vê por lá. Nos últimos dias até apareceu uma lua cheia para fazer daquelas noites ainda mais inesquecíveis.



Pequeno até fez amigos. Amigos de verão. Tudo bem que teve um dia que um menino invocou com ele (chegou aquele estrangeiro chamando atenção, sobretudo das meninas ... sabe como é ...), mas foi então que ele desfrutou de outra beleza da vida: ter um primo grande que foi defendê-lo. Rá!

Mas, tudo que é bom dura pouco ... logo já estávamos arrumando as malas para voltarmos pro Rio. Na verdade, os 3 tivemos vontade de ficar. Até porque a gente sabe que vai demorar, ao menos outro ano, para irmos lá novamente.



Pequeno, como sempre, chorou, se enfureceu, implorou para ficar. 

No pequeno carro que havíamos alugado, estávamos levando muitas malas (mais do que o previsto), um agradecimento por tudo o que tínhamos vivido naqueles 20 dias, um coração cheio de carinho, uma grande felicidade por vermos todos bem, mas já não cabia quase nele um monte de saudade que já insistia em chegar. 

Um pouco de silêncio para, cada um à sua maneira, dar um jeito de controlar o choro e, logo, a certeza de que, no final, vivemos de escolhas. As nossas quase nunca são fáceis. Apenas a certeza de que, estejamos aonde estejamos, a saudade sempre será a nossa companheira.




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