Todo ano a mesma coisa: chega o carnaval, festa na escola, crianças podem ir fantasiadas e ... meu filho inventa moda.
Ele bem que poderia ir de jogador de futebol. Pegar da gaveta uma das suas muitas camisetas de futebol e ir para a escola feliz e contente aproveitar a folia. Mas, não. Ele não quer. Qual é a graça se não der trabalho pra mãe?
Poderia, também, pegar uma das suas muitas fantasias de outros carnavais (Darth Vader, Batman, pirata, palhaço, Mickey, vampiro, zumbi) ... mas não. Não tem graça mesmo.
Todo ano é a mesma história: menino inventa moda e eu tenho que me virar, com os poucos dotes artísticos que tenho e tirar paciência não sei de onde pra dar conta do recado. Lembram que no ano passado ele inventou de ir de pirata? Mas não um "pirata qualquer". Teve até barco. (abaixo vou deixar os links das histórias das fantasias anteriores, pra quem perdeu vale a pena ler)
Pois bem ... neste ano achei que fosse escapar das idéias mirabolantes do Pequeno. Sabe como é ... tá na fase de pré-adolescência, naquela fase chata de vergonha, menino de quase 11 anos ... "vai que meu filho está amadurecendo e esquece essas histórias de fantasia", pensei. Doce ilusão.
- "Manhê! Sexta tem festa de carnaval na escola e pode ir fantasiado."
- "É?"
- "Aham. E já pensei na fantasia que quero ir."
- "Legal, filho. Tem várias ali que tu pode usar."
- "Não, mãe. Não quero aquelas."
Nessa hora já deu frio na espinha. E ele seguiu:
- "Nesse ano quero ir de Einstein!"
- "Einstein, filho?"
- "Aham."
Lá fui eu para a rua da Alfândega, lugar que detesto aqui no Rio de Janeiro, em busca de uma luz que me iluminasse para ter idéias de como produzir um Einstein. Primeiro o menino queria um jaleco. Mas não rola fantasia de jaleco no carnaval do Rio de janeiro com um calorão de 40 graus.
- "Tá, mãe! Compra uma camiseta."
Comprei uma camiseta branca, pra dar espaço a minha imaginação. Tive algumas ideias, juntando com os desejos do Pequeno, saiu isso:
Como é carnaval, Einstein, um homem elegantíssimo daqueles tempos, precisava de uma gravatinha. A que tinha em casa era uma que usei quando Pequeno se fantasiou de Pinóquio. Assim que, simbora reaproveitar materiais.
Não achamos a peruca. Antigamente seria fácil bagunçar a cabeleira do Pequeno. Mas desde alguns meses ele inventou esse cabelo fashion que agora veio a complicar minha vida. Como fazer deste cabelo:
um cabelo Einsteniano (acabei de inventar agora, tá gente?!)? Mamãe que se vire.
Comprei spray de fixação extra forte, tinta de cabelo branca e ... voilà. Fiz o que pude:
O bigodinho danado também achamos na Alfândega.
Para completar o look, uma bermuda qualquer do guarda-roupa e pronto.
Pronto? Nada feito.
- "Ow, mãe! Olha só! Que tal se eu levasse umas frases do Einstein e distribuir pras pessoas? Ia ser legal, não ia?"
Ia. Bem legal. E lá fui eu pesquisar frases do Einstein, imprimir, encapar com contact pro negócio ficar mais apresentável.
Ufa!
Opa! Ufa nada! Ainda tive que explicar pra ele o que era aquele raio de fórmula e pra quê servia. Tá pensando o quê? Fui pro Google, pesquisar bem pra não falar besteira pra criatura. (Pequeno, se você está lendo o blog, clica aqui pra relembrar a história da fórmula. Vai ser importante num futuro bem próximo).
O pior não é ele inventar moda, me deixar descabelada (quase como o Einstein), gastar pernas e dinheiro em busca de ideias. Sabe o que é pior? Acabo entrando na onda dele e me divertindo também. Fazer o quê?
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Se você perdeu alguma das muitas fantasias do Pequeno, clica aí nelas para ler as histórias:
- Pinóquio;
- zumbi;
- Homem Aranha;
- elefante;
- príncipe;
- zorro;
- vampiro, Darth Vader, pirata e Mickey;
- Rei Midas;
- Ben 10;
- pirata (com barco) e Hulk;
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